Annonaceae

Xylopia langsdorffiana A.St.-Hil. & Tul.

LC

EOO:

379.559,044 Km2

AOO:

124,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Espécie endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2020), com distribuição: no estado da Bahia, nos municípios Guaratinga e Una; no estado do Paraná, nos municípios Guaraqueçaba e Paranaguá; no estado do Rio de Janeiro, nos municípios Magé, Mangaratiba, Petrópolis, Rio de Janeiro e Volta Redonda e no estado de São Paulo, nos municípios Bananal, Bertioga, Boracéia, Cananeia, Cubatão, Guarujá, Iguape, Ilha Comprida, Itaberá, Mauá, Pariquera-Açu, Peruíbe, Praia Grande, Santos, São Bernardo do Campo, São Miguel Arcanjo, São Paulo, São Sebastião, São Vicente e Ubatuba.

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2020
Avaliador: Eduardo Amorim
Revisor: Eduardo Fernandez
Categoria: LC
Justificativa:

Árvore com até 7 m de altura, endêmica do Brasil (Silva et al., 2009), popularmente conhecida como pindaíva, pindaíba-preta, pindaíva, pindaíva-preta ou pimenteira-da-terra. Foi registrada em Floresta Ombrófila, associada à Mata Atlântica (Flora do Brasil 2020 em construção, 2020), ocorrendo em diversos municípios dos estados da Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo. Apresenta distribuição ampla, EOO=370554 km², constante presença em herbários, inclusive com coleta recente (2014) e ocorrência confirmada dentro dos limites de Unidades de Conservação de proteção integral. A espécie ocorre aparentemente de forma frequente/ocasional na maior parte das localidades em que foi registrada. Adicionalmente, não existem dados sobre tendências populacionais que atestem para potenciais reduções no número de indivíduos maduros, além de não serem descritos usos potenciais ou efetivos que comprometam sua sobrevivência. Assim, foi considerada de Menor Preocupação (LC) neste momento, demandando ações de pesquisa (distribuição, tendências e números populacionais) a fim de se ampliar o conhecimento disponível e garantir sua perpetuação na natureza no futuro. A espécie ocorre em territórios que poderão ser contemplados por Planos de Ação Nacional (PAN) Territorial, no âmbito do projeto GEF Pró-Espécies - Todos Contra a Extinção: Território Paraná/São Paulo - 19 (SP), Território São Paulo - 20 (SP), Território Rio de Janeiro - 32 (RJ), Território Itororó - 35 (BA).

Possivelmente extinta? Não

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em: Ann. Sci. Nat., Bot. sér. 2, 17, 133, 1842. Popularmente conhecida por pindaíva, pindaíba-preta, pindaíva, pindaíva-preta, pimenteira-da-terra (Silva et al., 2009; Jenifer de Carvalho Lopes, comunicação pessoal, 2020) As informações da espécie foram validadas pelo especialista através do questionário (Jenifer de Carvalho Lopes, comunicação pessoal, 2020).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido
Detalhes: Não é conhecido valor econômico da espécie.

População:

Flutuação extrema: Desconhecido
Detalhes: Não existem dados populacionais.

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: tree
Longevidade: perennial
Biomas: Mata Atlântica
Vegetação: Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial)
Habitats: 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland Forest
Detalhes: Árvore com até 7 m de altura (Silva et al., 2009). Ocorre na AMAZÔNIA, em Floresta Ombrófila (Flora do Brasil 2020 em construção, 2020).
Referências:
  1. Silva, M.S. da, Tavares, J.F., Queiroga, K.F., Agra, M. de F., Barbosa Filho, J.M., Almeida, J.R.G. da S., Silva, S.A.S. da, 2009. Alcaloides e outros constituintes de Xylopia langsdorffiana (Annonaceae). Quim. Nova 32, 1566–1570. https://doi.org/10.1590/S0100-40422009000600040

Ameaças (3):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 1.1 Housing & urban areas habitat past,present,future national very high
Mais de 70% da população brasileira está condensada na área do bioma Mata Atlântica (Joly et al., 2019). Vivem no entorno da Mata Atlântica aproximadamente 100 milhões de habitantes, os quais exercem enorme pressão sobre seus remanescentes, seja por seu espaço, seja pelos seus inúmeros recursos. Ainda que restem exíguos 7,3% de sua área original, apresenta uma das maiores biodiversidades do planeta. A ameaça de extinção de algumas espécies ocorre porque existe pressão do extrativismo predatório sobre determinadas espécies de valor econômico e também porque existe pressão sobre seus habitats, sejam, entre outros motivos, pela especulação imobiliária, seja pela centenária prática de transformar floresta em área agrícola (Simões e Lino, 2002).
Referências:
  1. Simões, L.L., Lino, C.F., 2002. Sustentável Mata Atlântica: a exploração de seus recursos florestais. SENAC, São Paulo.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2.3.4 Scale Unknown/Unrecorded habitat past,present,future national very high
Os municípios Bananal (SP), Guaratinga (BA), Itaberá (SP), Magé (RJ), Mangaratiba (RJ), Petrópolis (RJ), Rio de Janeiro (RJ), São Miguel Arcanjo (SP), Una (BA) e Volta Redonda (RJ) possuem, respectivamente, 31,96% (19700,8ha), 55,36% (121210,1ha), 11,31% (12440,6ha), 14,36% (5654,9ha), 7,94% (2863,3ha), 18,99% (15025,7ha), 10,16% (12192,7ha), 11,73% (10917,1ha), 13,8% (16873,1ha) e 33,11% (6029,3ha) de seus territórios convertidos em áreas de pastagem, segundo dados de 2018 (Lapig, 2020).
Referências:
  1. Lapig - Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento, 2020. Atlas Digital das Pastagens Brasileiras, dados de 2018. Municípios: Bananal (SP), Guaratinga (BA), Itaberá (SP), Magé (RJ), Mangaratiba (RJ), Petrópolis (RJ), Rio de Janeiro (RJ), São Miguel Arcanjo (SP), Una (BA) e Volta Redonda (RJ) . URL https://www.lapig.iesa.ufg.br/lapig/index.php/produtos/atlas-digital-das-pastagens-brasileiras (acesso em 20 de março de 2020).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 4.1 Roads & railroads habitat past,present,future national high
A constante expansão de estradas é um fator que contribui para a perda de biodiversidade e degradação florestal na Mata Atlântica (Joly et al., 2019). Costa et al. (2019) confirmaram pela primeira vez os efeitos à biodiversidade ocasionado pela construção e pavimentação de rodovias, bem como o tráfego intenso de veículos no Bioma da Mata Atlântica, que podem se estender por muitos metros além da estrada, tendo efeito direto na mortalidade e diversidade das no fragmento.
Referências:
  1. Costa, A., Galvão, A., Silva, L.G. da, 2019. Mata Atlântica brasileira: análise do efeito de borda em fragmentos florestais remanescentes de um hotspot para conservação da biodiversidade. GEOMAE 10, 112–123.
  2. Joly, C.A., Scarano, F.R., Seixas, C.S., Metzger, J.P., Ometto, J.P., Bustamante, M.M.C., Padgurschi, M.C.G., Pires, A.P.F., Castro, P.F.D., Gadda, T., Toledo, P., Padgurschi, M.C.G., 2019. 1º Diagnóstico Brasileiro de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos. BPBES - Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossitêmicos. Editora Cubo, São Carlos. URL https://doi.org/10.4322/978-85-60064-88-5

Ações de conservação (2):

Ação Situação
5.1.2 National level needed
A espécie ocorre em territórios que poderão ser contemplados por Planos de Ação Nacional (PAN) Territorial, no âmbito do projeto GEF Pró-Espécies - Todos Contra a Extinção: Território Paraná/São Paulo - 19 (SP), Território São Paulo - 20 (SP), Território Rio de Janeiro - 32 (RJ), Território Itororó - 35 (BA).
Ação Situação
1.1 Site/area protection on going
A espécie foi registrada nas seguintes Unidades de Conservação: Área de Proteção Ambiental de Cananéia-Iguapé-Peruíbe (US), Área de Proteção Ambiental de Guaraqueçaba (US), Área de Proteção Ambiental de Petrópolis (US), Estação Ecológica Chaúas (PI), Estação Ecológica da Ilha do Mel (PI), Parque Estadual da Ilha do Cardoso (PI), Parque Estadual da Serra do Mar (PI), Refúgio de Vida Silvestre de Una (PI).

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
14. Research natural leaf
Em trabalhos publicados sobre essa espécie relataram-se o isolamento, a caracterização estrutural e atividade citotóxica em linhagens de células leucêmicas (V79) e hepatócitos de ratos de um novo diterpeno trachylobano, além de um novo diterpeno atisano e, ainda, a caracterização do óleo essencial das folhas que apresentou significativa atividade moluscicida. Também, foi relatada atividade hipotensora de um diterpeno labdano isolado do caule dessa espécie e efeito relaxante em traquéia isolada de cobaia (Silva et al., 2009).
Referências:
  1. Silva, M.S. da, Tavares, J.F., Queiroga, K.F., Agra, M. de F., Barbosa Filho, J.M., Almeida, J.R.G. da S., Silva, S.A.S. da, 2009. Alcaloides e outros constituintes de Xylopia langsdorffiana (Annonaceae). Quim. Nova 32, 1566–1570. https://doi.org/10.1590/S0100-40422009000600040